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.MEDEIAComo seja difícil afastar da cólera um espírito já excitado, como aperseverança de ficar no caminho iniciado seja um privilégio de quemorgulhosamente reina, tudo isso eu o aprendi no meu palácio real: de fato, emboraentristecida pelo miserável infortúnio, expulsa, suplicante, sozinha, abandonada,vexada em qualquer lugar, todavia no passado brilhei pela glória de meu pai; e é demeu avô, o Sol, que eu gloriosamente procedo.O território todo que o Fásis banhacom os seus tranqüilos meandros; e o território que atrás de si deixa o mar da30Cítia,3F lá onde a água dos pântanos adoça a dos mares; e o território que espanta as1431virgens armadas de peitas e rodeadas pelas ondas do Termodonte;3F eis o que meu24pai tem sob o seu cetro.Nobre, feliz, poderosa, distinguia-me por esplendor real:naquele tempo procuravam as minhas núpcias os pretendentes que agora, por suavez, são procurados.A sorte veloz, inconstante, perigosa tirou-me do reino,deu-me o exílio.Confie-se, então, no trono quando a sorte volúvel dispersa a seuarbítrio as maiores riquezas! O privilégio magnífico e imenso que os reis possuem(e nunca poderão perdê-lo) é o poder de ajudar os infelizes e de dar um seguroabrigo aos suplicantes.Só isto trouxe comigo do reino da Cólquida: a glória ilustre32da Grécia, sua mais bela flor, o baluarte da raça aquéia,3F a prole dos deuses, foram3433salvos por mim.3F A mim é devedor Orfeu, que com seus cantos encanta as rochas4430Antiga região, entre o mar Negro e o Cáspio, que confinava com a Cólquida.31Mítico povo de mulheres guerreiras, as Amazonas moravam na Capadócia, às margens do rio Termodonte.32Os aqueus foram uma das raças gregas; e o nome quase sempre é usado no sentido geral de gregos.33Medeia, com suas magias, podia ter matado todos os Argonautase atrai as selvas; a mim são devedores os gêmeos Castor e Pólux, e os filhos de34 35Bóreas,3F e Linceu,3F que através do oceano enxerga com um simples olhar os54 6436 37objetos longínquos, e todos os outros Mínios.3F Não falo do chefe3F destes chefes,74 84pelo qual nada me é devido; nem o ponho na conta: por vós reconduzi os outros,ele só por mim.Agora, acusa-me e reúne os meus crimes: eu os confessarei.Podemacusar-me de um crime só: a volta de "Argo".Mas se eu, naquele tempo, tivesseoptado pelo pudor e por meu pai, toda a terra dos Pelasgos teria perecido, comtodos os seus chefes: primeiro, teu genro, morto pelo feroz touro que emana38chamas.3F Seja qual for a sorte que vai oprimir minha causa, não me arrependo por94ter salvo o que era o orgulho de tantos reis.Quanto ao único prêmio que obtivepor todos esses crimes, está em tuas mãos.Se for do teu agrado, condena a ré; masdevolve-lhe o que a torna criminosa.Eu sou culpada, confesso-o, ó Creonte; mas tuo sabias, quando abracei teus joelhos e com súplicas implorei a leal proteção de teudireito tutelar.Ainda uma vez peço-te para as minhas misérias um recanto, umabrigo, um humilde refúgio: se queres expulsar-me da cidade, dá-me pelo menosum asilo no lugar mais longínquo de teu reino.CREONTENão sou homem que tenha o cetro com tirania; nem quero espezinhar osinfelizes: acho tê-lo mostrado claramente, escolhendo por genro um desterrado39oprimido pelos males e temeroso, pois Acasto,3F rei da Tessália, ameaça-o de05castigo e de morte.Esse rei queixa-se: seu pai.velho, trêmulo e acabado pelos anos,foi massacrado e o cadáver esquartejado quando, enganadas pela tua perfídia, asdevotas filhas ousaram um ímpio crime.Se tu separas tua causa da sua, Jasão podejustificar-se: o sangue não manchou sua inocência, sua mão não pegou a espada, epermaneceu puro, pois não foi vosso cúmplice.Mas tu, tu inspiradora de odiosos34Zetes e Calais, filhos de Bóreas, foram companheiros de Jasão na expedição.35Filho de Afareu, rei da Messênia, Linceu tinha vista tão penetrante que podia ver através dos muros.36Jasão pediu para sua empresa o auxílio de Argo, neto de Atamã, rei dos Mínios, povo que morava numa parte da Beócia.Os Argonautasembarcaram no porto de Orcomeno, que surgia às margens do rio Mínio.37Jasão, chefe dos Argonautas.38Eetes prometeu a Jasão o velo de ouro, se o jovem tivesse arado com dois touros que emanavam fogo; e Jasão conseguiu a façanhagraças à ajuda de Medeia, que se tinha apaixonado por ele.39Filho de Pélias, queria vingar a morte do pai.crimes; tu que em tuas ações reúnes uma malvadez feminina a uma força viril e auma completa inconsciência, vai embora, liberta de tua presença o meu reino, levacontigo tuas ervas letíferas, tira de meus súditos o medo.Vai para outra terra, ondepoderás importunar os deuses.MEDEIATu me forças a ir embora? Então devolve à desterrada o seu navio; devolve oseu companheiro: por que me ordenas fugir sozinha? Não estava sozinha quandoaqui cheguei.Se tens medo de sofrer uma guerra, manda-nos ambos embora de teureino.Por que fazes esta distinção entre os dois cúmplices? Foi por ele que Péliasfoi morto, não por mim.Acrescenta a minha fuga, os meus roubos, meu pai traído,meu irmão esquartejado; em suma, todos os crimes que meu marido agora ensinaainda a suas novas esposas: tudo isso não deve ser imputado a mim, porque, se memanchei de todos esses crimes, nunca foi para meu proveito.CREONTEJá deverias estar longe daqui: por que estás adiando a partida com essesdiscursos?MEDEIAIndo embora, suplicante, quero dirigir-te um supremo pedido: que o crimeda mãe não recaia sobre os filhos inocentes.CREONTEVai: eu os receberei nos meus paternos braços, como um pai.MEDEIAPelos felizes auspícios destas núpcias reais, pelas esperanças que estassuscitam para o futuro, pela sorte dos impérios que a instável Fortuna agita comsuas alternas vicissitudes, rogo-te: concede a quem está para ir embora uma brevedilação, o tempo para dar aos meus filhos o beijo supremo de sua mãe, talvezmoribunda.CREONTETu pedes tempo para alguma nova perfídia [ Pobierz caÅ‚ość w formacie PDF ]
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.MEDEIAComo seja difícil afastar da cólera um espírito já excitado, como aperseverança de ficar no caminho iniciado seja um privilégio de quemorgulhosamente reina, tudo isso eu o aprendi no meu palácio real: de fato, emboraentristecida pelo miserável infortúnio, expulsa, suplicante, sozinha, abandonada,vexada em qualquer lugar, todavia no passado brilhei pela glória de meu pai; e é demeu avô, o Sol, que eu gloriosamente procedo.O território todo que o Fásis banhacom os seus tranqüilos meandros; e o território que atrás de si deixa o mar da30Cítia,3F lá onde a água dos pântanos adoça a dos mares; e o território que espanta as1431virgens armadas de peitas e rodeadas pelas ondas do Termodonte;3F eis o que meu24pai tem sob o seu cetro.Nobre, feliz, poderosa, distinguia-me por esplendor real:naquele tempo procuravam as minhas núpcias os pretendentes que agora, por suavez, são procurados.A sorte veloz, inconstante, perigosa tirou-me do reino,deu-me o exílio.Confie-se, então, no trono quando a sorte volúvel dispersa a seuarbítrio as maiores riquezas! O privilégio magnífico e imenso que os reis possuem(e nunca poderão perdê-lo) é o poder de ajudar os infelizes e de dar um seguroabrigo aos suplicantes.Só isto trouxe comigo do reino da Cólquida: a glória ilustre32da Grécia, sua mais bela flor, o baluarte da raça aquéia,3F a prole dos deuses, foram3433salvos por mim.3F A mim é devedor Orfeu, que com seus cantos encanta as rochas4430Antiga região, entre o mar Negro e o Cáspio, que confinava com a Cólquida.31Mítico povo de mulheres guerreiras, as Amazonas moravam na Capadócia, às margens do rio Termodonte.32Os aqueus foram uma das raças gregas; e o nome quase sempre é usado no sentido geral de gregos.33Medeia, com suas magias, podia ter matado todos os Argonautase atrai as selvas; a mim são devedores os gêmeos Castor e Pólux, e os filhos de34 35Bóreas,3F e Linceu,3F que através do oceano enxerga com um simples olhar os54 6436 37objetos longínquos, e todos os outros Mínios.3F Não falo do chefe3F destes chefes,74 84pelo qual nada me é devido; nem o ponho na conta: por vós reconduzi os outros,ele só por mim.Agora, acusa-me e reúne os meus crimes: eu os confessarei.Podemacusar-me de um crime só: a volta de "Argo".Mas se eu, naquele tempo, tivesseoptado pelo pudor e por meu pai, toda a terra dos Pelasgos teria perecido, comtodos os seus chefes: primeiro, teu genro, morto pelo feroz touro que emana38chamas.3F Seja qual for a sorte que vai oprimir minha causa, não me arrependo por94ter salvo o que era o orgulho de tantos reis.Quanto ao único prêmio que obtivepor todos esses crimes, está em tuas mãos.Se for do teu agrado, condena a ré; masdevolve-lhe o que a torna criminosa.Eu sou culpada, confesso-o, ó Creonte; mas tuo sabias, quando abracei teus joelhos e com súplicas implorei a leal proteção de teudireito tutelar.Ainda uma vez peço-te para as minhas misérias um recanto, umabrigo, um humilde refúgio: se queres expulsar-me da cidade, dá-me pelo menosum asilo no lugar mais longínquo de teu reino.CREONTENão sou homem que tenha o cetro com tirania; nem quero espezinhar osinfelizes: acho tê-lo mostrado claramente, escolhendo por genro um desterrado39oprimido pelos males e temeroso, pois Acasto,3F rei da Tessália, ameaça-o de05castigo e de morte.Esse rei queixa-se: seu pai.velho, trêmulo e acabado pelos anos,foi massacrado e o cadáver esquartejado quando, enganadas pela tua perfídia, asdevotas filhas ousaram um ímpio crime.Se tu separas tua causa da sua, Jasão podejustificar-se: o sangue não manchou sua inocência, sua mão não pegou a espada, epermaneceu puro, pois não foi vosso cúmplice.Mas tu, tu inspiradora de odiosos34Zetes e Calais, filhos de Bóreas, foram companheiros de Jasão na expedição.35Filho de Afareu, rei da Messênia, Linceu tinha vista tão penetrante que podia ver através dos muros.36Jasão pediu para sua empresa o auxílio de Argo, neto de Atamã, rei dos Mínios, povo que morava numa parte da Beócia.Os Argonautasembarcaram no porto de Orcomeno, que surgia às margens do rio Mínio.37Jasão, chefe dos Argonautas.38Eetes prometeu a Jasão o velo de ouro, se o jovem tivesse arado com dois touros que emanavam fogo; e Jasão conseguiu a façanhagraças à ajuda de Medeia, que se tinha apaixonado por ele.39Filho de Pélias, queria vingar a morte do pai.crimes; tu que em tuas ações reúnes uma malvadez feminina a uma força viril e auma completa inconsciência, vai embora, liberta de tua presença o meu reino, levacontigo tuas ervas letíferas, tira de meus súditos o medo.Vai para outra terra, ondepoderás importunar os deuses.MEDEIATu me forças a ir embora? Então devolve à desterrada o seu navio; devolve oseu companheiro: por que me ordenas fugir sozinha? Não estava sozinha quandoaqui cheguei.Se tens medo de sofrer uma guerra, manda-nos ambos embora de teureino.Por que fazes esta distinção entre os dois cúmplices? Foi por ele que Péliasfoi morto, não por mim.Acrescenta a minha fuga, os meus roubos, meu pai traído,meu irmão esquartejado; em suma, todos os crimes que meu marido agora ensinaainda a suas novas esposas: tudo isso não deve ser imputado a mim, porque, se memanchei de todos esses crimes, nunca foi para meu proveito.CREONTEJá deverias estar longe daqui: por que estás adiando a partida com essesdiscursos?MEDEIAIndo embora, suplicante, quero dirigir-te um supremo pedido: que o crimeda mãe não recaia sobre os filhos inocentes.CREONTEVai: eu os receberei nos meus paternos braços, como um pai.MEDEIAPelos felizes auspícios destas núpcias reais, pelas esperanças que estassuscitam para o futuro, pela sorte dos impérios que a instável Fortuna agita comsuas alternas vicissitudes, rogo-te: concede a quem está para ir embora uma brevedilação, o tempo para dar aos meus filhos o beijo supremo de sua mãe, talvezmoribunda.CREONTETu pedes tempo para alguma nova perfídia [ Pobierz caÅ‚ość w formacie PDF ]